terça-feira, 27 de maio de 2014

Capítulo 29

Wanessa (Jeniffer)

1 Ano Depois

   Estamos chegando no mês de Setembro, Julie já está com um aninho e quase dois meses. Cada dia que passa ela se parece mais com o pai, até quando dorme. Não vou dizer que foi fácil cuidar dela quando era bem pequenina, mas eu me superei; estive firme e forte quando ela teve cólica, quando nasceu o primeiro dentinho, quando ela teve febre. Essas coisinhas. E tive um retorno viu, pois a primeira palavra dela foi "mama".

- mama -escutei minha pequena chamar, mas continuei de olhos fechados-
   Ela subiu em cima de mim e ficou cutucando meu rosto com aqueles dedinhos gordos e pequenos.
- mama -puxava meu cabelo- 
- bom dia Ju -falei com a voz rouca e ela pos a cabecinha pro lado- é a mamãe -ela abriu um sorriso, mostrando seu único dente- tá acordada filha 
- aa -apontava pra boca- papa -pedia comida- 
- gulosinha, vem cá vem -peguei no colo dando-lhe um abraço forte-

   Fui até a cozinha, fiz a mamadeira dela enquanto pegava na fruteira uma maçã e a colher de sobremesa na gaveta.
   Depois de alimentada e satisfeita, troquei sua fralda e vimos um pouco de desenho; em seguida lhe dei banho e já coloquei sua roupinha. Depois de prontas fomos para o orfanato, hoje era o grande dia.
   O dia que eu aguardei ansiosamente por dias, que mais pareciam anos. Ao chegarmos lá tudo estava sendo decorado e arrumado, já que seria um dia de grande festa. Julie já frequentava ali também juntamente comigo, brincava com as crianças e era o mimo delas.

- ai como a Juju tá linda -Ally sempre a mais tagarela- tá gata 
- tudo isso pra ver o Luan né -Nely dizia rindo- 
- minha filha é o estilo em pessoa -risos- 
- tipo a mãe, olha Wan você tem um corpo de dar inveja nem parece que essa coisa goida e gostosa saiu daí 
- mas saiu viu, pior que saiu -risos- 
- estão prontas ? -Nayumi a responsável veio até nós- Luan saiu do hotel agora e já está a caminho 
- AAAAAAAAAH -assustei com o grito delas e a Ju gritou também- 
- meninas sem gritos 
- é muita emoção Naynay 
- tô vendo -risos- até a Ju no meio da bagunça ? 
- é né




Luan

   Chegando no orfanato fui recebido pela dona Nayumi, um senhora japonesa muito simpática. Ela me apresentou as fãs que tinham mandado o vídeo e foi a maior festa quando nos encontramos. Tiramos fotos e conversamos, enquanto íamos conhecendo o prédio.

- e aonde fica as criancinhas pequenas ? 
- estão com uma de nossas voluntárias, a Wanessa 
- Wanessa ? Ela é brasileira ? 
- é sim, chegou aqui faz pouco tempo -dizia e eu fiquei curioso-

   Andamos mais em um dois espaços e chegamos perto das crianças que quando me viram vieram correndo.
   Estava ali abraçando cada uma, e vendo os desenhos que elas vinham até mim mostrar e só então cheguei em uma mulher que estava de costas fazendo alguma coisa.

- Wanessa ? -dona Nayumi chamou- 
- oi eu ... -ela virou-se e então nossos olhares se cruzaram.

   Não sei dizer o que foi aquilo. Meu coração acelerou, meus olhos brilhavam, meu corpo parecia estar em chamas, as mãos suavam. Cara o que tá acontecendo comigo.























.............................

  Uhuul eles se encontraram haha !

sábado, 24 de maio de 2014

Capítulo 28

Wanessa (Jeniffer)

   Aconteceu que passados os meses eu estava frequentando aquele local e ajudando em um trabalho voluntário. Tirei da cabeça a ideia tosca de abortar quando descobri que seria mãe de uma menina, Julie Dowson.
  Eu fiquei muito feliz, a ponto de fazer planos. Risos. No orfanato, um grupo de novos voluntários chegou. Três meninas e um menino. As meninas eram luanetes, o que me deixou contente. Elas me "apresentavam" o Luan de uma forma que eu já sabia tudo o que acontecia com ele e na carreira dele.

- ai Wan, olha só. O orfanato está precisando de verba e o Luan gosta de ajudar instituições. Então eu e as meninas pensamos em mandar um vídeo daqui pra central lá no Brasil o que você acha ?
- pode ser que seja legal mesmo, bem bacana 
- viu só Julie, quem sabe o gatão do Luan não vem pra cá -dizia Ally alisando minha barriga- 
- será mesmo ? Pensa só que legal isso Wan 
- Luan adora uma grávida -risos- se ver a barrigona da Wan então -Ally novamente comentou- vai xonar querer te levar pra casa

   Ficamos ali um tempo e depois me despedi indo pra casa.
  Tomei um banho e saí para jantar, andei bastante por lá e via em cada esquina algo que me fazia lembrar uma familia e chorei, por saber que teria uma filha e o pai dela nem sonha que ela existe.




Luan
   Minha vida mudou demais, minha carreira ainda no auge, meus fãs me acompanhando em tudo e eu ainda estava solteiro, mas não pense que sozinho.

- é a terceira vez que você me chama de Jeniffer, quem é essa hein Luan ? -Paula me perguntava enquanto estavamos deitados- 
- ninguém, você tá escutando coisa 
- ah mais não tô mesmo, pensa que é assim ? Que eu vou deixar você chamar por outra enquanto está comigo ? 
- shiu -dei um selinho para que ela se calasse, mas foi esquentando e transamos de novo-

Depois levantei, tomei um banho e fui pra casa.

- tava aonde Luan ? -minha mãe perguntava- 
- tava ... tava na casa de um amigo -passei a mão pela nuca- 
- não estava não. Que marcas no pescoço são essas ? 
- mãe eu tava com a Paula 
- ai não Luan, já te falei dessa mulher -ela ia falar mas eu dei um beijo nela e subi pro meu quarto correndo não estava afim de ouvir sermão-

Pensei em entrar no twitter, mas achei melhor não. Tomei um banho e fui deitar.




Wanessa (Jeniffer)

  Estava no sétimo mês de gestação e fazia de tudo, mas de maneira reduzida. Não ficava muito tempo no orfanato, e frequentava menos as aulas de teatro.

- ai Wan, sério que a partir do mês que vem não vamos te ver aqui é isso ?
- não, eu venho só que não todos os dias
- ah tá -eu conversava com Ally enquanto nos aproximavamos da cozinha onde estavam as outras duas meninas num papo meio tenso-
- ai também acho isso, ele está distante demais da gente -Nely dizia- tá muito garanhão pro meu gosto viu
- quem ? -Ally perguntou-
- Luan meu bem, ele está em casa desde segunda, e cadê que ele entra no twitter
- relaxa meninas, vai ver ele estava com a familia
- ai mesmo assim, se ele tiver de graça com alguma piranha eu mato ele -risos-
- ai meninas, saíam dessa vida
- nunca Wanessinha, jamais e a Julie vai ser luanete
- ah vai sim -risos-



9 Meses de Gestação -Mês de Agosto-

  Eu sentia contrações e então Taylor me levou para o hospital; O soro pingando em minha veia, eu gritando de dor e nada.

- ai meu deus não vou aguentar essa dor do caralho, aaaah -gritava e apertava a mão da minha amiga que mordia os lábios-
- calma, respira que daqui a pouco o doutor chega
- ele tá aonde ? Eu tô quase morrendo e esse filho de uma puta não aparece ? -ela ria- para de rir tá doendo -logo o médico entrou na sala, e ele era brasileiro-

   Ele fez os exames, fez perguntas e só depois pediu pra eu fazer força. E foi depois de longos 14 minutos que minha bebê veio ao mundo; pele branquinha, muito cabeluda, gordinha e a cara dele.

- Wanessa do céu, ela não se parece nada com você -Taylor comentava desnecessariamente-
- jura ? Nem percebi amiga -fui irônica-
- ai desculpa mas, é a verdade
- mas ela é linda
- isso é, olha só que mimo

  Eu já estava no quarto, com ela em meus braços e babando muito na minha pequena.

...

  Quando fui pra casa recebi a visita de uma galera, e das minhas amigas voluntárias.

- aí Wan que linda que a Julie, awwn -Nely passava amão devagar nela-
- obrigada, puxou a mim -ri- e ai meninas o viu deu resultados ?
- uhun, no tempo que você ficou fora nós recebemos um e-mail da central e eles disseram que o próprio Luan queria vir visitar o orfanato -comemoravam-
- nossa que legal né -senti meu coração acelerar, as mãos ficarem geladas e um arrepio percorreu todo o meu corpo- sortudas vocês
- sortuda é a Paula que namora aquele deus grego
- Luan tá namorando ? -perguntei superinteressada e as três me olharam-
- nossa parece até que está com ciumes -risos-

  E sim eu estava. Na verdade quero que esse namoro termine logo já. Paula ? Isso lá é nome de gente ? Não falei mais nada e deixei que meus pensamentos me levassem pra longe, me levassem a sonhar com o nosso reencontro. Ok, eu mudei, mas se ele ainda me ama vai saber que sou eu no primeiro olhar.
  A saudade que eu tinha dele era tanta, ainda mais quando decidi levar minha gravidez a diante foi pensando que teria sempre uma parte dele comigo. Nossa filha, a pequena Julie.
  As meninas foram embora, dei mamar pra Julie, e enquanto ela dormia eu liguei o notebook e fui pesquisar sobre as últimas notícias e descobri que a vinda de Luan Santana estava prevista, para daqui um ano, podendo mudar a data. Ele faria uma turnê internacional e a visita no orfanato.
  No fim da notícia tinha um vídeo dele dando uma entrevista e falando sobre a vinda até aqui.

- ah cara, eu não sabia que tinha fãs lá no Japão também. Fiquei muito feliz saber disso, e quando o vídeo chegou na central já me ligaram e eu gostei demais e vou ajudar também -sorriu-
- mas Luan vai ir sozinho ?
- ah vou sozinho sim, a namorada vai ficar
- então fiquem espertas meninas, Luan vai ser todinho de vocês -risos-
- sempre fui delas -os olhos brilhavam- um beijão minhas negas, amo vocês e tamu nóis

  Que saudade que eu tinha de ouvir aquela voz, ele estava mudado, estava mais forte, mais homem, mais tudo. Fiquei triste em saber que ele só viria daria um ano, mas feliz que isso poderia ser mudado e é nisso que eu aposto.























...........

 O papo do vídeo rolou e em breve o Luan está a caminho. O que será que vai acontecer heiin ??
Obga por comentarem gatinhas, continuem assim hein, beijos volto sem demora ....

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Capítulo 27

Luan

   Isso foi pior que uma traição. Quando que eu iria imaginar que a mulher pela qual eu me apaixonei, a mulher que eu achava que poderíamos mais pra frente namorar, noivar e até casar, era uma mentirosa. Uma vigarista, mal carater. Não dá cara, ela fez comigo algo que nunca vou perdoar, nunca irei esquecer.
   Subi pro meu quarto e me tranquei lá dentro, naquele dia não desci nem pra jantar. No dia seguinte não tomei café, nem almocei e quando foi na hora da janta minha mãe entrou no quarto.

- como a senhora entrou aqui ? -perguntei virando-me pra ela- 
- chave reserva meu filho -sentou-se no pé da cama- o que está acontecendo ? Por que está chorando ? 
- não estou chorando -funguei- tô gripado 
- pra cima de mim Luan ? Que te vi nascer ? 
- mãe a vida é injusta -falei a ela- levei uma rasteira que pra mim será impossivel me reerguer de novo 
- quem é ela ? 
- como a senhora sabe que ... -deixei pra lá, minha mãe me conhecia até do avesso- 
- conta pra mamãe, conta -ela dizia oferecendo seu colo e eu aceitei-

   Contei tudo pra mamusca, mas tudo mesmo. Ela assim como eu ficou horrorizada e chorou também junto comigo que soluçava de tanto chorar. E mesmo assim ela me aconselhou, disse que nem mesmo ela imaginava que a Jeni era assim e que agora nós teríamos que seguir em frente sem olhar o passado e esquecer que ela apareceu em nossas vidas.

- posso te contar uma coisa ? -dizia ela, e eu apenas assenti- quando isso tudo aconteceu eu e seu pai estávamos em um momento muito dificil e delicado, o banco teve uma quebra e com isso tivemos que demitir alguns dos funcionários que trabalhavam conosco -eu ouvia atentamente- não sabíamos o que fazer e nem que critério usar para que fizéssemos isso. Foi aí que depois de muita conversa minha com o seu pai decidimos que demitiríamos os pais da Jeniffer, mas não sabíamos que eles estavam doentes e nem que sem o emprego eles não poderiam se manter -vi minha mãe se sentir culpada e extremamente triste ao relembrar tudo- me lembro que os vi chorando muito, mas não me disseram o real motivo quando eu lhes perguntei. Meu filho, eu não podia fazer nada, quem dera eu pudesse voltar no tempo e poupar o sofrimento de uma garotinha que na época tinha quase sua idade. Infelizmente não posso, tudo o que eu posso fazer é me desculpar, mas sei que ela jamais aceitaria minhas desculpas devido as circunstâncias -ela então se pôs de pé e ia saindo, quando eu falei-
- mas eu amo ela mãe -falei- 
- será que ama mesmo meu filho ? Que não é só atração ? Pensa nisso. Se você a ama mesmo irá perdoá-la -beijou minha testa e saiu dali-

   Levantei da cama e fui tomar um banho na banheira, fiquei lá pensando, imaginando, tentando entender o "por quê?", mesmo que eu soube o motivo deveria de haver uma razão. Eu estava confuso, mas ainda assim sentia raiva dela por ter colocado em risco a vida da minha irmã.
   Os dias passaram e minha familia já sabia do acontecido e me davam forças sempre, e aos poucos eu fui me estabilizando, fui deixando o sentimento de raiva do lado. O dificil mesmo foi tirá-la de dentro do peito. Realmente o amor não tem jeito.



Jeniffer
   Mudei-me literalmente para o outro lado do mundo, Japão. Um lugar que eu havia visto por fotos, mas que nunca tive a oportunidade de conhecer. Bem, iria recomeçar do zero e pra isso teria que mudar radicalmente. E quando digo isso não digo só o visual e sim de identidade também. Até porque Oscar estava a solta, e vai que por acaso me encontrasse. A partir de agora me chamo, Wanessa Dowson, olhos claros, cabelos loiros; uma mulher mais leve e totalmente desconhecida.
   Iniciei um trabalho em um teatro japonês já que eu era uma atriz. E lá fiz amizades novas, conheci muitas outros lugares e estava gostando. Só que nem tudo era perfeito, algo me ligava ao Brasil, ou melhor, algo não, alguém ! Luan Rafael.


...
  
   Estava em casa porque não estava me sentindo bem, sentia tontura a todo instante e cheguei a quase desmaiar. Marquei um médico pra saber o que era e me veio a surpresa. Eu estava grávida dois meses e meio, quase três.
   Eu fiquei assustada, quis ficar maluca. Eu não poderia ter essa criança de jeito nenhum. E pensei na possibilidade de abortar.
  Chamei uma amiga e contei aos prantos que eu estava grávida e o que eu queria fazer. Ela então me chamou pra ir em um lugar antes. Arrumei-me e fui com ela.

- um orfanato Taylor ? -perguntei ao pararmos em frente a uma grande casa, que na frente estava o nome de uma instituição que cuida de crianças- 
- ué, se você não quer seu filho você pode ter e dor pra cá. Pelo menos ele pode ser adotado 
- mas ... 
- você só vai olhar Wanessa ! -falou me puxando pela mão-

  Nós entramos e falamos com a cuidadora do local e ela nos mostrou detalhe por detalhe de tudo. Mostrou cada quarto, e crianças de todas as idades até os adolescentes com 17 anos.
   Logo que fomos embora eu fiquei pensando, fiz uma reflexão sobre a minha vida e sobre o que uma gravidez poderia mudar. Eu poderia ser mãe ? Logo eu ? Uma louca que não se controla e que se corta em momentos de crise ?
   Vi uma gilete em cima da comoda e pensei muito, e resisti a tentação de não me contar.























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 Caraca quanta coisa pra um único capítulo hein. Luan ainda a Jeniffer, ela se mudou para o Japão e mais, está grávida. Mas será que ela vai abortar ou não ?? Conto pra vcs no próximo cap haha ...
 Obrigada por cada comentário cats !

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Capítulo 26

Jeniffer

   Eu já estava decidida sobre o que faria daqui pra frente. E só precisa por em prática. O Luan voltaria pra casa na segunda semana do mês de dezembro, e eu iria até lá dizer toda a verdade e que dane-se o resto.      Eu preciso disso pra ser "livre" e recomeçar do zero e bem longe daqui. Sei que o amo, e justamente por conta desse amor eu me manterei afastada e deixarei que ele seja feliz.

- Jeni ? -era Maria- bom eu já vou indo -entrou em meu quarto- vou sentir muita saudade sua viu -me abraçou forte- promete pra mim que vai se cuidar 
- pode deixar, eu irei sim -retribui o abraço-

   Maria tinha um filho em São Luís do Maranhão, e este estava muito doente e então ela iria pra lá morar com ele e cuidar dele. Até então eu ficaria sozinha, pelo menos até que tudo se revolvesse por aqui.


...

   Na mesma noite em que Maria foi embora, Oscar veio até minha casa e ameaçou-me novamente, só que dessa vez foi mais violento e disse que se eu insistisse ele iria cumprir com a sua promessa.

- acha que vai me amedrontar ? Isso é um blefe -disse- 
- já que é um blefe continue, vá em frente só que não diga que eu não te avisei -falou e estava de saída, porém voltou andando rapidamente- eu deveria te dar uma lição por duvidar de mim -segurou minha garganta- 
- me solta -eu dizia com dificuldade-

   Ele não deu ouvidos a mim, pegou-me pelos cabelos e me arrastou até meu quarto e fez com que eu ficasse nua e então fez o que queria, ele passou a mão em mim, enfiou os dedos no meu sexo mas depois parou e foi embora. Posso dizer que fui abusada ? Não sei, afinal ele não concluiu o serviço, apenas disse que isso foi só o começo.
   Que inferno ! Que droga ! Arrumei minhas malas, mas todas mesmo e deixei tudo dentro do carro. Só deixei pra fora a roupa que usaria para o grande dia. E adormeci.
   Na manhã seguinte tomei um banho e me perfumei, vesti a roupa que tinha separado, calcei meu salto alto, fiz um make marcante e arrumei o cabelo fazendo um coque bem alto e perfeito. Peguei minha bolsa e fui rumo a casa dos Santana's. Notei que o carro do Luan estava na garagem como sempre, mas o carro da Marizete e do Amarildo não. Ótimo, seria bem melhor assim. Toquei a campainha e aguardei até que a porta se abriu e eu o vejo lindamente impecavel, com os cabelos bagunçados, bermuda e chinelo, regata branca e um sorriso surpreso em seus lábios.

- oi Luan 
- oi Jeni -olhou-me dos pés a cabeça- entra aí -deu eapaço- 
- está sozinho ? 
- sim estou, minha mãe saiu com o meu pai e minha irmã. Por que ? 
- bom Luan eu tenho que falar com você, e o assunto é sério -dizia olhando em seus olhos- 
- sério ? -olhou cconfuso- senta aí pode falar 
- eu menti pra você -fui direta- eu não fui honesta, e não sou um terço do que você imagina 
- como assim ? Lá vem você de novo com esse papo de mentira, toda estranha. Fala !
- Há quinze anos atrás eu morava com mais em Campo Grande, minha cidade natal. Eu deveria ter sua idade, por aí. Me lembro que meus pais trabalhavam na casa dos seus pais -ele olhava atento, mas seu olhar estava triste, sofrido e desiludido- minha mãe estava doente já, e dependia daquela droga de emprego para o tratamento, para se manter viva e meu pai também estava adoecendo, mas os remédios que ele comprava ajuda a se manter instável. Foi aí que seu pai em um dia chamou os meus, e junto com a sua os demitiu, sem dizer o porque sem falar um motivo, sem dar um esclarecimento simplesmente mandou-os pra casa dizendo que não poderiam manter meus pais no emprego. Eu era só uma criança, entendia muito pouco, mas naquele dia o que eu não entendi foi o porque de ver minha mãe chorando, de vê-la desolada e extremamente perdida sem saber o que fazer. Meu pai dizia que tudo ficaris bem, que tudo ia se acertar -nessas horas as lágrimas desciam em meu rosto e minha voz mantinha-se no mesmo tom-
- o que isso tem a ver com toda esse mentira que você inventou ? -perguntava sem entender- 
- Me escuta -pedi- com mais alguns anos, a situação foi ficando cada vez pior, cada vez mais dificil de ser levada. Meu pai não conseguia emprego, afinal quem contrataria um doente ? Não é mesmo, e minha mãe foi piorando, piorando, piorando -aquilo me doía na alma- até que ela foi internada -ele encarava o chão- eu já estava maior, entendia um pouco mais e via sempre meu pai comentando sobre o filho de seus ex-patrões, dizia também que vocês haviam melhorado de vida e ido embora -limpava as lágrimas- 
- eu não entendo 
- não entende ? -gritei- qual a parte que seus pais destruiram a minha familia você não quer entender ? Por culpa deles meus pais não conseguiram mais se manter, não conseguiram arrumar algo descente e digno de se chamar de trabalho. Enquanto os seus pais viviam num mundo perfeito, sempre sorrindo só porque não eram eles que estavam passando por dificuldades
- eu não tenho culpa e te garanto que meus pais também não 
- ah claro que não -fui irônica- não tiveram culpa nenhuma. Eu que devo ter pedido pra Deus pra sofrer. Quando voces "sumiram" e a situação apertou de verdade eu perdi quem eu mais amava na vida, meus pais morreram em cima de uma cama de um hospital imundo, sem tratamento sem nada e eu ? Fui escurraçada como uma cachorra sarnenta, não tive ninguém que cuidou de mim -chorava agora de raiva e ódio em relembrar tudo isso- mas aí eu vi que os verdadeiros culpados estavam numa boa, estavam felizes com o filho cantor e foi aí que eu resolvi que me vingaria 
- de mim ? Você é louca ? Eu não tive culpa de nada 
- e quem disse que eu queria alguma coisa de você ? Eu queria tirar dos seus pais o que eles mais amavam para que pudessem lidar com a dor da mesma forma que eu tive que aprender 
- tá querendo dizer que... 
- que eu me aproximei da sua irmã propositalmente, que fingi não conhecer seus pais e entrei no seu mundo aos poucos pra te passar a perna
- cara você ... Eu não posso ter sido tão idiota assim heim acreditar que você que você 
- Luan, me desculpa ! -eu enfim disse- eu ... 
- o que mais você fez ? 
- Eu tinha um plano de te afastar dos seus amigos e de quem sacaria minha jogada e me atrapalharia, no caso o seu personal, mas a amizade de vocês era muito forte, foi aí que eu tive que te seduzir pra depois namorar com ele e te deixar com o pensamento em mim -ele estava nervoso- só assim eu manteria sua cabeça longe de qualquer coisa que acontecesse. Eu queria que seus pais sentissem a dor da perda, por isso atirei em você mas o tiro não passou nem perto -ele chorava- depois te afastei da sua namoradinha vadia, fiquei com você foi uma hora extra até porque você é muito bom de cama então ninguém saíria perdendo. Nem eu nem você ! -falei mais muitas e muitas coisas- e por último eu ... -procurava as palavras- eu mandei sequestrarem a Bruna -terminei de falar e na mesma hora ele avançou em mim segurando meu pescoço e puxando meus cabelos-
- SUA LOUCA DOENTE COMO VOCÊ PODE FAZER UMA COISA DESSAS ? EU CONFIEI EM VOCÊ TE COLOQUEI DENTRO DA MINHA CASA -me sacudia fazendo com que eu me acabasse em lágrimas-SUA VAGABUNDA ORDINÁRIA, EU TE ODEIO JENIFFER EU TENHO VONTADE DE TE MATAR DE ACABAR COM A SUA VIDA SUA COBRA -ele chorava muito, e gritava também- 
- eu tentei mudar, foi por isso que eu a trouxe de volta. Luan eu amo você e por querer não te ver sofrendo eu parei com isso e me afastei 
- SE AFASTE MESMO FICA BEM LONGE DE MIM -me largou fazendo com que eu caísse no chão-

   Ele ia saindo mas eu me segurei em seus pés e implorava por perdão, dizia que o amava e que iria mudar. Mas ele me xingava e chegou a dar um tapa em meu rosto. Eu sei que eu merecia isso e muito mais, porém eu não queria ter que ficar longe.

- EU DEVERIA TE ENTREGAR PRA POLÍCIA FAZER VOCÊ APODRECER LÀ DENTRO 
- VOCÊ NÃO FAZ IDEIA DE QUANTO FOI DIFICIL EU VIR ATÉ AQUI E TE CONTAR TUDO ISSO 
- VADIA 
- NÃO FALA ASSIM DE MIM, EU SOU A MULHER QUE VOCÊ AMA QUE VOCÊ QUER CUIDAR
- NÃO ! ESSA MULHER NÃO EXISTE NEM NUNCA EXISTIU ELA É UMA FRAUDE, UMA ILUSÃO 
- NÃO ! NÃO SE AFASTA DE MIM ! 
- TARDE DEMAIS, PENSASSE NISSO ANTES DE FERIR A MIM E A MINHA FAMÍLIA -ele me ergueu com os braços e me jogou pra fora da casa dele. Fechou a parte e de deixou do lado de fora-

  Aos poucos fui me conformando e segui para o carro. Entrei e abaixei a cabeça no volante e chorei ainda mais, chorei muito mesmo. Agora ele sabia o monstro que eu era, sabia quem era a mulher que ele dizia amar e agora ele nunca mais olharia na minha cara. Tudo isso por causa de um amor inutil que virou minha cabeça e fez com que eu perdesse o rumo dos planos e me entregasse, arruinando tudo o que eu almejei realizar durante anos. Saí daquele condomínio seguindo direto para o aeroporto, e embarque para o meu mais novo destino duas horas depois.























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  Eitaa, e agora gente ?? O que vcs me dizem ??

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Capítulo 25

Jeniffer

   Luan dormiu ali comigo, mas pela manhã foi embora pois tinha que ir para perto de sua família. Fiquei na cama o dia inteiro, não comi, não senti vontade de ir ao banheiro, de me arrumar. Enfim, eu estava jogava na cama e perdida sem saber que rumo tomar na vida. Eu parei pra pensar e percebi que a minha vida toda girava em torno dessa vingança e que não planejei outras coisas, nem mesmo constitur uma familia.         Anoiteceu e o sono não vinha, algo martelava em minha cabeça e eu sabia o que tinha de ser feito, mas não aceitava de jeito nenhum. Tomei tres calmantes e capotei.

...

   Durante meu sono eu tive um sonho lindo e que me levou de volta ao passado. Lembro que brincava com os meus pais em um playground antigo de CG, mas com eles eu não me importa do lugar onde estava desde que estivesse com eles. De repente eu crescia, e estava tendo uma conversa com a minha mãe. 

- filha voce se tornou uma pessoa ruim -segurava em minhas mãos- uma pessoa fria, calculista, rancorosa e falsa -seu olhar estava triste- Jeni, querida, voce tem que esquecer o passado e só assim poderá viver em paz 
- mas mãe, eu não posso. Tenho que fazer algo por voces 
- querida, minha Jeni. O que aconteceu foi uma fatalidade, não pode culpá-los 
- tarde demais 
- nunca é tarde, inda há tempo de mudar o futuro -nisso ela apontou para a varanda e vi duas crianças brincarem e Luan estava junto a elas- seja feliz, saiba que onde estivermos estaremos olhando pra você -ela beijou minha testa e saiu andando, se afastava aos poucos e sumiu em meio a luz. Foi aí que acordei.

   Foi aí que tive um "click" decidi que iria reparar o mal que eu fiz, desde o menor até o maior. Por mais que o Luan nunca mais olhasse na minha cara eu iria contar toda a verdade.
  Acordei no dia seguinte e fiz minhas higienes; fiz uma maquiagem daqueles e saí rumo a faculdade onde passei toda a manhã e parte da tarde.
 Quando retornei a minha casa, liguei pra Bruna e conversamos um pouco pois eu queria saber se ela estava bem, se precisava de algo. Depois de desligar tomei um banho e desci pra jantar. Maria havia feito uma comida daquelas só para me animar. E deu certo.

- essa manhã um amigo seu esteve aqui
- quem ? 
- um bonito, alto. Oscar se eu não me engano -falava-
- se ele aparecer não deixe-o entrar -disse delicada- 
- mas ... 
- por favor Maria

   Ela assentiu. Logo subi para o meu quarto e deitei-me e justamente nessa hora meu celular tocou. 

- alo 
- fui te visitar hoje 
- e eu com isso ? 
- precisamos conversar algumas coisas 
- não temos nada 
- amanha eu passo aí e é bom que esteja sozinha -desligou-

  Só o que me faltava. Oscar nunca foi de dar piti e agora tá de graça. Ignorei completamente aquele telefonema e dormi. Horas depois acordei e levei um susto quando o vi sentado na cama me olhando dormir. 

- qual o seu problema ? -cobri meu corpo com o edredom- quem te deixou entrar ? Eu falei pra Maria não deixar você entrar na minha casa 
- por que todo esse estresse ? Sou seu amigo 
- amigo ? Huum sei, o que quer aqui ? 
- bom, você me fez interromper o sequestro e por ter policia envolvida acho que um milhão não dá nem pro cheiro 
- como assim ? Você sabe muito bem que eu não tenho dinheiro 
- e quem quer dinheiro ? -falou se aproximando- você poderia me dar coisa muito melhor 
- não encosta em mim tá legal -empurrei-o com o pé- 
- quanta agressividade, não estou te reconhecendo 
- andei pensando e cansei disso 
- disso o que ? 
- vou contar toda verdade para todos 
- você enlouqueceu ? Se você abre a boca eu vou cana e eu não vou ser preso por causa de uma vagabunda apaixonada 
- vai fazer o que pra impedir ?
- te matar seria uma boa ideia. Assim ninguém vai desconfiar de nada 
- se toca Oscar, eu não tenho medo de você seu lixo. Pensa que é quem, não sou tão idiota o quanto pensa -desafiei-o certamente ele estava blefando- 
- você que não me conhece -apontou o dedo em meu rosto- você não sabe o que eu fiz pra chegar onde cheguei 
- roubou, clonou alguns cartões e pensa que fez muito -ri- 
- Jeniffer você é uma linda mulher, é gostosa -apertou minha coxa- seria um desperdicio te matar sabia -inclinou-se segurando meus braços e selando meus lábios- sendo que podemos viver bem se você não abrir a boca 
- acontece que eu não tô nem aí pra você -mordi sua boca e ele riu pondo a mão no meu sexo e apertando de leve- quer me matar ? Vai em frente 
- sabe que eu não seria capaz, mas não se atreva a entrar no meu caminho porque eu posso muito bem terminar o que você começou -sussurrou em meu ouvido- conhece aquele cantorzinho mais que você. Se você abrir a boca eu mato aquele troxa 
- a troco de que ? 
- por prazer -riu-

   Deu uma risada maldosa e eu me arrepiei de medo, o olhar dele estava completamente agressivo, ele era louco e agora ? Não falei nada e ele apenas saiu rindo. Aonde eu fui me meter ? O que eu fui arrumar pra minha cabeça ? Pode ser que ele esteja blefando, mas e se não estiver ? Eu vou contar sim toda a verdade e seja o que Deus quiser.





Bruna

  Com o passar dos dias nada mais era como antes. Eu não tinha mais aquela alegria toda, vontade de me divertir e muito menos de sair de casa. Vivia trancada, não queria sair do quarto e nem sair de perto da minha mãe.
  Meu susto foi grande e eu passei a ter pesadelos com aqueles dois monstros sem coração. Minha mãe e meu pai estavam sempre comigo, Luan havia voltado a viajar e bom, minhas amigas seguiam a vida delas, vinham me visitar sempre que podiam, mas a que eu sentia falta era a Jeni. Ela estava muito distante, nunca mais veio aqui em casa, me liga as vezes e pergunta como eu estou e logo desliga.


- filha você tem que sair um pouco dessa casa, ir passear
- mãe eu tenho medo, vai qu...
- nada disso querida, nada vai te acontecer já passou - abraçou-me de lado- olha toma um banho e vamos passear um pouco
- aonde ?
- no shopping, e salão de beleza pra melhorar esse rostinho
- não tô afim de compras
- sem problemas, podemos ir no cinema e na praça de alimentação onde tem muita comida mesmo
- tá bom mãe, me convenceu -ela sorriu e automaticamente eu sorri também-


  Resolvi fazer este pequeno esforço por ela que vivia comigo, não saía de perto um só minuto.
@brusantanareal: Foco, Força e Fé ! #Sair #Mamis #Shopping 

 Tomei um banho e me arrumei da melhor maneira que pude. Parei na frente do espelho e tirei uma foto pra por no instagram já que há séculos que eu não aparecia por lá.
  Passamos uma tarde super divertida, rimos muito com o filme que assistimos e depois fomos fazer uma boquinha. Eu já estava querendo vir embora, mas minha mãe queria passar na livraria e então fomos.

- não vai levar nada mesmo Bru ? -perguntava ela sorrindo- - ah não sei mãe - anda logo, procura algum livro que você goste - mas eu já tenho - como cê tá chata hein -riu-

Olhei alguns livros e um me chamou a atenção, foi ele mesmo que eu escolhi e então voltamos pra casa.

- nossa nem me disseram que iria sair -meu pai disse assim que cruzamos a porta-
- foi mal pai - ah Amarildo, é que a Bruna precisava sair de casa e ver gente
- entendo, mas na próxima eu quero ir viu -ele me abraçou e deu-me um beijo na bochecha-
- podexa marido -risos- vou fazer a janta
- mas mãe a gente se entupiu de comida
- mas seu pai eu tenho certeza que não jantou e ficou nessa televisão. Não é Amarildo ? -ele assentiu rindo-


  Sentei do lado do meu pai e ficamos vendo um filme lá que eu nem o nome procurei saber. Meu celular tocou e eu entendi, era o Luan.

- oi Pi, boa noite -dizia ao atender-
- oi Piroca, tudo bem com você ? Eu liguei mais cedo e ninguém atendeu, pensei que sei lá, que tinha acontecido alguma coisa -dizia preocupado-
- calma Pi. -ele ficou quieto- é que eu e a mãe fomos dar uma volta, e o pai tava na central e chegamos quase agora
- ah tá. Mas cê tá melhor ? Comendo direitinho ?
- sim
- ainda tem pesadelos ?
- não, até agora não
- certeza ?
- certeza -ri- quando você vem pra casa ?
- só daqui tres semanas e já entro de férias
- ué, não vai faze show no ano novo ?
- eu ia, mas tô com muita saudade e preciso descansar também
- ah sim, tô com saudades, a mãe e o pai também
- manda um beijão pra eles aí
- uhun mando sim
- e ... A Jeni apareceu ?
- não, depois daquilo ela nunca mais veio aqui em casa, só me ligou mas não conversamos muito não
- o aconteceu com ela hein ? Tá esquisita
- eu que sei ? Ela não fala nada


   Ficamos batendo um papo, mas ele tinha show então logo desligou e voltei minha atenção para a Tv.




Luan

  Última semana de show antes de entrarmos de férias. Eu estava na cidade de Dourados, Mato Grosso do Sul. Estava no camarim me alongando quando bateram na porta e eu pedi para que entrasse.
  Me surpreendi quando vi que era ninguém menos que o Gutão.

- será que podemos conversar ? -perguntou antes mesmo de me cumprimentar-
- claro, manda aí -falei-

 Sentamos no sofá que tinha ali dentro e eu vi que ele tava tenso pra porra, mexendo as mãos toda hora.

- nem sei por onde começar
- uai do começo
- Luan a Jeniffer não é aquela mulher que aparenta ser, ela é um verdadeiro perigo pra você e sua familia
- como assim cara ?
- eu vou te explicar com mais detalhes. Desde que saí da equipe eu comecei a ir atrás de alguma pista sobre aquela maldita gravação, levei até um especialista que demorou algum tempo e descobriu que tudo foi forjado, uma armação pra me colocar contra você
- tá mas por que ela faria isso ?
- não sei, mas boa coisa não é. E não foi só isso, ela também fez com que você e a Jade terminassem
- não a Jade terminou comigo porque ...
- ela armou tudo, te seduziu e me seduziu. Tanto é que logo depois que você terminou o namoro e eu não fazia mais parte da equipe ela aquietou um pouco -até que fazia sentido o que ele dizia, mas eu não conseguia acreditar-
- a Jeni nunca mentiria pra mim, ela me ama cara. Você tá inventando isso porque ela não quis nada com você -falei me levando e andando de um lado pro outro-
- se ela te ama tanto o que ela faz na cama de outro -jogou um envelope em meu peito- acorda pra vida Luan, essa mulher tá tramando e não é qualquer besteira -ficamos em silêncio- eu não tenho mais nada a dizer, já te alertei agora se quiser continuar sendo enganado vai em frente -bateu em meu ombro e saiu deixando a porta aberta-


   A curiosidade se saber o que tinha naquele envelope era grande, mas ao mesmo tempo um aperto no peito me deixava angustiado. Será que tudo não passou de uma armação ? Que toda essa aproximação tinha um propósito ?























.............
 Oi meninas, boa noite. Obrigada por cada comentário viu. Eu e a Jeni ficamos muito contentes. Leitoras Novas e Antigas beem vindas meus amores.

E agora hein ?? Será que a mascara da Jeni vai cair ?? E esse envelope ?? Sei não hei, as coisas estão esquentando meninas. Continuem acompanhando.


Pra anônima que perguntou eu escrevo essa web

Amor Inocente -minha segunda que eu escrevo sozinha-
Mais Que Amigos -que é parceria da Carol e minha-

domingo, 11 de maio de 2014

Capítulo 24

Jeniffer

Quando disse isso o Lu saiu em disparada em encontro com familia na sala. Arleyde estava seria e já disse em alto e bom som:

- Luan teremos que acionar a midia.
- Calma Arleyde nada disso por enquanto apenas consigam o dinheiro por enquanto.

Fui pra perto dele e tentei conforta-lo :

- Lu por favor tranquiliza suas fãs elas estao preocupadas.

 Ele nao disse nada subiu e foi pro quarto dele.




Bruna

  Sinto que meus dias de agonia estão chegando ao fim, não aguento mais me ver presa dentro desse quarto e sendo vigiada por esses dois monstros, sem ter notícia da minha família, dos meus amigos e da minha faculdade.
  Escutei uma conversa muito estranha de um deles, dizendo que alguém queria dar pra trás. Alguma coisa assim, e logo em seguida eles entraram em contato com a minha família, pedindo um resgate altíssimo. O qual me surpreendi. Não tinha nem o que pensar, os dias ali tornaram-se horriveis. Eles tentaram me agarrar e eu me safei com um belo de um chute que foi o suficiente para que eu levasse um tapa no rosto.

_ mais ela não ligou dizendo que era só pra devolver a menina ? - escutei um dos sequestradores dizendo -
_ sim, mas eu não viu sair perdendo. Fiquei aqui cuidando dessa patricinha e não ganharei nada em troca
_ cara, você é louco -dizia-
_ louco ? Não meu caro, não nasci pra ser feito de troxa. Eles tem só algumas horas, e se não entregarem vão se arrepender -foi a palavra final.

 Escutei os passos dele se aproximando da porta e corri pra cama, onde me deitei e fingi estar dormindo. Não demorou muito e a porta foi aberta, e ele veio até mim.

_ anda, levanta logo daí -me sacudia- vai não tenho o dia todo não
_ calma, tô levantando. Mas o que você vai fazer comigo ? -perguntei receosa-
_ pode ter certeza que não o que eu queria -grudou em meus cabelos- que era te agarrar e fazer você pagar pelo chute que me deu agora pouco -dizia no meu ouvido- mas já que eu não posso, irei te levar pra dar uma volta
_ mas está tarde ? pra onde você quer me levar ? -dizia já com voz de choro-
_ pro inferno -riu sarcástico-



Jeniffer

 O clima estava ficando tenso naquela casa, era gente andando de um lado pro outro e quando vi que tinha policia envolvida fiquei mais tensa ainda. Vi os policiais transitando de um lado pro outro da sala, conversando com a Marizete, com a Arleyde e Amarildo também. Enquanto eu dei um jeito de ligar novamente e pedir com que parassem com isso que iria dar "merda". Depois disse subi até o quarto do Luan e bati na porta.

_ Luan ?
_ pode entrar Jeni -disse-
_ aonde você vai ? -perguntei ao entrar e vê-lo todo arrumado-
_ buscar minha irmã
_ tá doido ? Eles são perigosos
_ eu não posso correr o risco de meter a policia nisso e você vai me ajudar. Não vai ? -olhou pra mim-
_ cla-claro, mas como ?
_ preciso que distraía a minha familia e a Arleyde, enquanto eu saio pelos fundos e te espero lá fora
_ tá mais ... -respirei fundo- nada não, vamos logo

 Desci e percebi que todos estavam entretidos numa conversa, vendo uma estratégia, enquanto olhei e vi Luan saindo de fininho. Passados alguns minutos fui até ele que já estava com todo o dinheiro dentro de uma maleta, que estava dentro do carro de seu pai.
 O celular dele apitou, e ele disse que era o endereço que os sequestradores marcaram para a troca. Meu corpo estava todo arrepiado, eu estava com medo de que a situação saísse do controla que algo desse errado e um dos dois viessem a falecer.

_ Luan eu preciso fazer isso -falei depois de chegarmos no local, e ele parar o carro- por favor
_ não posso colocar sua vida em risco Jeni -olhou em meus olhos-
_ eu tenho que ir, você tem sua familia e se sua irmã nessa é por minha causa -ele olhou confuso-
_ sua causa ? Como assim Jeniffer ?
_ você não entenderia, só me deixa ir até lá e trazer sua irmã de volta. Confia em mim -dei-lhe um beijo demorado e calmo, peguei a maleta e desci do carro-

 Estava frio, ventava muito e estava tudo escuro; Exceto uma luz fraca de rua, onde tinha um carro estacionado. Fui me aproximando, aproximando até que rápido e olhando pra trás para ter a certeza de que Luan não estava atrás de mim. Bati na porta e afastei-me dando espaço para que Oscar descesse.

_ ora, ora, você por aqui ? -foi irônico-
_ eu pedi que acabasse com isso -falei firme-
_ se ela está nessa é por sua culpa. E é bom que esteja com a grana, senão nenhuma das duas voltam com vida
_ não tenho medo de você
_ se eu fosse você teria, porque você não sabe do que eu sou capaz -segurou meu pescoço apertando forte- não sei onde estava com a cabeça em pensar que uma orfã metida a revoltada teria coragem de executar um plano desses -apertou ainda mais deixando-me sem ar- é uma tolice mesmo -riu-
_ me solta -falei com dificuldade- a policia já deve saber de tudo, e você não terá muito tempo
_ como isso ? -soltou-me-
_ seu imbecil, acha mesmo que me matar seria bom ? Vai em frente. Cadê ela ?
_ em outro carro -respondeu-
_ o dinheiro está aqui, manda buscar ela agora -ordenei e ele pegou o celular-
_ tragam a patricinha, já estou com o dinheiro -e desligou- sabe o que eu deveria fazer ? -rodeava-me- fazer com você tudo o que eu queria fazer com a bonequinha e não deixaram
_ ui, quer dizer que ao invés de um sequestrador decente você trabalha como estuprador ? Isso é um hobbie ? -senti meu rosto arder, eu havia levado um tapa, mas continuei firme- bate mesmo, seu troxa -cuspi na cara dele-
_ você é louca, e ainda assim, não consigo ter raiva de você Jeniffer -segurou meu queixo e colou o corpo no meu- sua amiguinha chegou -sussurrou quando um outro carro estacionou- a grana
_ aqui -lhe dei a maleta e a Bruna saiu de dentro do carro-
_ amiga ! -corri a abracei forte- você está beem ?
_ Jeni me leva pra casa, por favor -falava chorando-
_ que cena linda, querem um abraço meu também ? -escutamos sirenes-
_ vamos vazar daqui que a policia está chegando -outro disse e então entraram em um carro e saíram cantando pneus-

 Andamos até onde estava o carro do Luan que nos esperava do lado de fora, e quando nos viu veio correndo e abraçou a irmã. Foi um abraço tão carinhoso, de alguém que realmente se importa, bem familiar. Me vi de uma forma que nem eu mesma sabia. Sentia que eu precisa me afastar e deixar toda essa história de lado. Não sei mas acho que desenvolvi um sentimento maior por Luan e não quero vê-lo sofrer, pois isso me destrói. E sei que se fizer mal a alguém da família dele o verei sofrendo, como presenciei antes e não quero mais isso.
 Logo os policiais chegaram, mas não encontraram os bandidos, Bruna não conseguia falar nada e eu também não, e nem iria.
 Entramos no carro e voltamos para a casa dos Santana's.

_ graças à Deus vocês estão inteiros - Marizete correu para abraçar os filhos- Luan você quer me matar de susto ? E você Jeniffer, o que te deu na cabeça pra ajudar o Luan nisso ? -deu-me uma bronca daquelas-
_ desculpa, eu já vou indo pra casa -dei as costas-
_ não amiga, fica, por favor
_ eu não posso Bru, mesmo querendo muito eu preciso ir pra casa -falei e percebi o silêncio-

 Virei-me para alcançar a maçaneta e senti a mão do Luan sobre a minha e fechei os olhos absorvendo cada sensação daquele toque. Já que eu não fazia ideia de quando o sentiria de novo.

_ não vai, fica aqui -pediu-
_ eu não posso Luan -argumentei-
_ por que não pode ? Jeniffer você está muito estranha
_ já disse que você não entenderia Luan, não mesmo. -meus olhos lacrimejavam- eu não sou o que você pensa, não sou a mocinha indefesa e boazinha, muito menos a compreensiva -despejei-
_ não estou entendendo nada -olhei em seus olhos e abri a porta saindo sem falar nada- você não pode ir embora sem me dizer o que está acontecendo -gritou ao me ver entrando no carro- Jeniffer ! -liguei o carro e dei partida indo embora pra casa.-


 Cheguei em casa e corri pro quarto fechando a porta e trancando com a chaves. Tive um surto, comecei a chorar e jogar as coisas, maquiagem, vasos e coisas cortantes. E quando vi pedaços de vidro me deu uma vontade enorme de me cortar novamente... Peguei uma tesoura e fiz um corte no braço.



 A dor aliviava um pouco, mas não era o suficiente. Eu gritava, ao escutar as vozes que vinham em minha mente "fracassada" "inútil" "fraca" "infeliz"; Eu queria dar fim a minha vida, sentia-me um ser humano despresivel e incapaz de fazer o bem.




_ por que comigo ? -dizia chorando- por que ? não entendo o porque eu tenho que sofrer -estava sufocada- meus pais já me deixaram por culpa deles ! Sempre eles ! -escutei batidas na porta- VAI EMBORA, ME DEIXA EM PAZ -gritei-
_ ABRE ESSA PORTA JENIFFER -eu poderia estar maluca, mas era a voz do Luan-
_ SOME DAQUI, TE PEDI PRA FICAR LONGE -aos poucos fui me levantando- VAI EMBORAA
_ NÃO SAIO DAQUI SEM ANTES FALAR COM VOCÊ -não respondi- JENI ? EU VOU ENTRAR -fui pra perto da janela com a tesoura na mão- Jeniffer ? -escutei a porta sendo aberta com um chute- meu deus do céu, o que foi isso -ele dizia olhando a poça de sangue no chão-
_ te pedi pra ficar longe -disse pondo a tesoura no pescoço, mas não apertando-
_ isso é algum tipo de brincadeira ? -parecia assustado-
_ tô fazendo isso pro seu bem, se afasta de mim, por favor
_ não posso, eu ... eu amo você Jeniffer -disse respirando fundo-
_ mentira sua, você não ama seria capaz de amar alguém como eu. Ninguém me ama -chorava-
_ larga isso, vem aqui -pedia cautelosamente-
_ não Luan, vai embora e eu solto -falei-
_ Jeniffer -fechou os olhos- por favor - Não, aquela voz fazendo eco em meus ouvidos acabei não resistindo e largando. -

 Fechei os olhos e senti seus braços fortes me envolvendo, e levando-me até a cama. Ele deitou-me em meu colo sem se importar se ele se sujaria ou não, acariciava meus cabelos e dizia que iria ficar tudo bem. Só qu eu sabia que aquilo não era verdade. Se ele descobrisse quem era a verdadeira Jeniffer me odiaria pro resto da vida.





Luan

 A Jeniffer estava muito estranha, e quando foi embora eu fiquei sem entender, pois suas últimas palavras me deixaram confuso. Entrei e minha mãe perguntou por ela, mas eu não soube responder. E então a Bruna pediu que eu fosse atrás dela.
 Quando cheguei até lá vi Maria toda assustada, nem se mexia, escutei gritos vindo de cima. Corri e tentei abrir a porta mas estava trancada. Tive que arrombar, e encontrei-a perto da janela com uma tesoura de ponta apontada por pescoço, e uma poça de sangue próxima a cama.
 Com jeito pedi que ela soltasse, e quando isso aconteceu me aproximei e peguei-a em meu colo levando-a pra cama.

_ por que fez isso ? -perguntei acariciando seus cabelos- não estou entendendo nada
_ eu não posso dizer -sequei as lágrimas que insistiam em cair- me abraça ? -assim fim e deixei ela chorar, sem falarmos nada-
_ sinto que tenho que cuidar de você -falei beijando sua testa-
_ só porque me ama ? Saiba que eu... eu ... -olhou  em meus olhos- também amo você  -nos beijamos com carinho, com amor, diferente das outras vezes-

 Ao encerrarmos o beijo, e então eu a levei para o banheiro e ajudei-a a tirar a roupa. E então lhe dei banho, cuidando de cada um de seus cortes, lavando seus cabelos e então ela me puxou para debaixo do chuveiro, molhando por inteiro e beijando minha boca de uma maneira doce e excitante. Foi tirando minha roupa e quando estava nu também nos amamos, não fizemos sexo; Havia sentimento, uma intensidade e tinha gosto de despedida. Não sei porque, mas aquele momento foi perfeito. Houve a junção de duas almas, dois destinos.
 Sim, eu a amava.

























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  Sem mais. O que acharam do cap ?
Bom sei que pedir desculpas ficou repetitivo, mas enfim, me desculpo pela ultima vez. Avisei o porque de ter sumido, não ter postado tanto aqui quanto nos outros. Volto sem demoras, porque o próximo capitulo está imperdível.
 O cerco está se fechando, a Jeni vai ser desmascarada em breve. Beijos