Jeniffer
Quando disse isso o Lu saiu em disparada em encontro com familia na sala. Arleyde estava seria e já disse em alto e bom som:
- Luan teremos que acionar a midia.
- Calma Arleyde nada disso por enquanto apenas consigam o dinheiro por enquanto.
Fui pra perto dele e tentei conforta-lo :
- Lu por favor tranquiliza suas fãs elas estao preocupadas.
Ele nao disse nada subiu e foi pro quarto dele.
Bruna
Sinto que meus dias de agonia estão chegando ao fim, não aguento mais me ver presa dentro desse quarto e sendo vigiada por esses dois monstros, sem ter notícia da minha família, dos meus amigos e da minha faculdade.
Escutei uma conversa muito estranha de um deles, dizendo que alguém queria dar pra trás. Alguma coisa assim, e logo em seguida eles entraram em contato com a minha família, pedindo um resgate altíssimo. O qual me surpreendi. Não tinha nem o que pensar, os dias ali tornaram-se horriveis. Eles tentaram me agarrar e eu me safei com um belo de um chute que foi o suficiente para que eu levasse um tapa no rosto.
_ mais ela não ligou dizendo que era só pra devolver a menina ? - escutei um dos sequestradores dizendo -
_ sim, mas eu não viu sair perdendo. Fiquei aqui cuidando dessa patricinha e não ganharei nada em troca
_ cara, você é louco -dizia-
_ louco ? Não meu caro, não nasci pra ser feito de troxa. Eles tem só algumas horas, e se não entregarem vão se arrepender -foi a palavra final.
Escutei os passos dele se aproximando da porta e corri pra cama, onde me deitei e fingi estar dormindo. Não demorou muito e a porta foi aberta, e ele veio até mim.
_ anda, levanta logo daí -me sacudia- vai não tenho o dia todo não
_ calma, tô levantando. Mas o que você vai fazer comigo ? -perguntei receosa-
_ pode ter certeza que não o que eu queria -grudou em meus cabelos- que era te agarrar e fazer você pagar pelo chute que me deu agora pouco -dizia no meu ouvido- mas já que eu não posso, irei te levar pra dar uma volta
_ mas está tarde ? pra onde você quer me levar ? -dizia já com voz de choro-
_ pro inferno -riu sarcástico-
Jeniffer
O clima estava ficando tenso naquela casa, era gente andando de um lado pro outro e quando vi que tinha policia envolvida fiquei mais tensa ainda. Vi os policiais transitando de um lado pro outro da sala, conversando com a Marizete, com a Arleyde e Amarildo também. Enquanto eu dei um jeito de ligar novamente e pedir com que parassem com isso que iria dar "merda". Depois disse subi até o quarto do Luan e bati na porta.
_ Luan ?
_ pode entrar Jeni -disse-
_ aonde você vai ? -perguntei ao entrar e vê-lo todo arrumado-
_ buscar minha irmã
_ tá doido ? Eles são perigosos
_ eu não posso correr o risco de meter a policia nisso e você vai me ajudar. Não vai ? -olhou pra mim-
_ cla-claro, mas como ?
_ preciso que distraía a minha familia e a Arleyde, enquanto eu saio pelos fundos e te espero lá fora
_ tá mais ... -respirei fundo- nada não, vamos logo
Desci e percebi que todos estavam entretidos numa conversa, vendo uma estratégia, enquanto olhei e vi Luan saindo de fininho. Passados alguns minutos fui até ele que já estava com todo o dinheiro dentro de uma maleta, que estava dentro do carro de seu pai.
O celular dele apitou, e ele disse que era o endereço que os sequestradores marcaram para a troca. Meu corpo estava todo arrepiado, eu estava com medo de que a situação saísse do controla que algo desse errado e um dos dois viessem a falecer.
_ Luan eu preciso fazer isso -falei depois de chegarmos no local, e ele parar o carro- por favor
_ não posso colocar sua vida em risco Jeni -olhou em meus olhos-
_ eu tenho que ir, você tem sua familia e se sua irmã nessa é por minha causa -ele olhou confuso-
_ sua causa ? Como assim Jeniffer ?
_ você não entenderia, só me deixa ir até lá e trazer sua irmã de volta. Confia em mim -dei-lhe um beijo demorado e calmo, peguei a maleta e desci do carro-
Estava frio, ventava muito e estava tudo escuro; Exceto uma luz fraca de rua, onde tinha um carro estacionado. Fui me aproximando, aproximando até que rápido e olhando pra trás para ter a certeza de que Luan não estava atrás de mim. Bati na porta e afastei-me dando espaço para que Oscar descesse.
_ ora, ora, você por aqui ? -foi irônico-
_ eu pedi que acabasse com isso -falei firme-
_ se ela está nessa é por sua culpa. E é bom que esteja com a grana, senão nenhuma das duas voltam com vida
_ não tenho medo de você
_ se eu fosse você teria, porque você não sabe do que eu sou capaz -segurou meu pescoço apertando forte- não sei onde estava com a cabeça em pensar que uma orfã metida a revoltada teria coragem de executar um plano desses -apertou ainda mais deixando-me sem ar- é uma tolice mesmo -riu-
_ me solta -falei com dificuldade- a policia já deve saber de tudo, e você não terá muito tempo
_ como isso ? -soltou-me-
_ seu imbecil, acha mesmo que me matar seria bom ? Vai em frente. Cadê ela ?
_ em outro carro -respondeu-
_ o dinheiro está aqui, manda buscar ela agora -ordenei e ele pegou o celular-
_ tragam a patricinha, já estou com o dinheiro -e desligou- sabe o que eu deveria fazer ? -rodeava-me- fazer com você tudo o que eu queria fazer com a bonequinha e não deixaram
_ ui, quer dizer que ao invés de um sequestrador decente você trabalha como estuprador ? Isso é um hobbie ? -senti meu rosto arder, eu havia levado um tapa, mas continuei firme- bate mesmo, seu troxa -cuspi na cara dele-
_ você é louca, e ainda assim, não consigo ter raiva de você Jeniffer -segurou meu queixo e colou o corpo no meu- sua amiguinha chegou -sussurrou quando um outro carro estacionou- a grana
_ aqui -lhe dei a maleta e a Bruna saiu de dentro do carro-
_ amiga ! -corri a abracei forte- você está beem ?
_ Jeni me leva pra casa, por favor -falava chorando-
_ que cena linda, querem um abraço meu também ? -escutamos sirenes-
_ vamos vazar daqui que a policia está chegando -outro disse e então entraram em um carro e saíram cantando pneus-
Andamos até onde estava o carro do Luan que nos esperava do lado de fora, e quando nos viu veio correndo e abraçou a irmã. Foi um abraço tão carinhoso, de alguém que realmente se importa, bem familiar. Me vi de uma forma que nem eu mesma sabia. Sentia que eu precisa me afastar e deixar toda essa história de lado. Não sei mas acho que desenvolvi um sentimento maior por Luan e não quero vê-lo sofrer, pois isso me destrói. E sei que se fizer mal a alguém da família dele o verei sofrendo, como presenciei antes e não quero mais isso.
Logo os policiais chegaram, mas não encontraram os bandidos, Bruna não conseguia falar nada e eu também não, e nem iria.
Entramos no carro e voltamos para a casa dos Santana's.
_ graças à Deus vocês estão inteiros - Marizete correu para abraçar os filhos- Luan você quer me matar de susto ? E você Jeniffer, o que te deu na cabeça pra ajudar o Luan nisso ? -deu-me uma bronca daquelas-
_ desculpa, eu já vou indo pra casa -dei as costas-
_ não amiga, fica, por favor
_ eu não posso Bru, mesmo querendo muito eu preciso ir pra casa -falei e percebi o silêncio-
Virei-me para alcançar a maçaneta e senti a mão do Luan sobre a minha e fechei os olhos absorvendo cada sensação daquele toque. Já que eu não fazia ideia de quando o sentiria de novo.
_ não vai, fica aqui -pediu-
_ eu não posso Luan -argumentei-
_ por que não pode ? Jeniffer você está muito estranha
_ já disse que você não entenderia Luan, não mesmo. -meus olhos lacrimejavam- eu não sou o que você pensa, não sou a mocinha indefesa e boazinha, muito menos a compreensiva -despejei-
_ não estou entendendo nada -olhei em seus olhos e abri a porta saindo sem falar nada- você não pode ir embora sem me dizer o que está acontecendo -gritou ao me ver entrando no carro- Jeniffer ! -liguei o carro e dei partida indo embora pra casa.-
Cheguei em casa e corri pro quarto fechando a porta e trancando com a chaves. Tive um surto, comecei a chorar e jogar as coisas, maquiagem, vasos e coisas cortantes. E quando vi pedaços de vidro me deu uma vontade enorme de me cortar novamente... Peguei uma tesoura e fiz um corte no braço.
A dor aliviava um pouco, mas não era o suficiente. Eu gritava, ao escutar as vozes que vinham em minha mente "fracassada" "inútil" "fraca" "infeliz"; Eu queria dar fim a minha vida, sentia-me um ser humano despresivel e incapaz de fazer o bem.
_ por que comigo ? -dizia chorando- por que ? não entendo o porque eu tenho que sofrer -estava sufocada- meus pais já me deixaram por culpa deles ! Sempre eles ! -escutei batidas na porta- VAI EMBORA, ME DEIXA EM PAZ -gritei-
_ ABRE ESSA PORTA JENIFFER -eu poderia estar maluca, mas era a voz do Luan-
_ SOME DAQUI, TE PEDI PRA FICAR LONGE -aos poucos fui me levantando- VAI EMBORAA
_ NÃO SAIO DAQUI SEM ANTES FALAR COM VOCÊ -não respondi- JENI ? EU VOU ENTRAR -fui pra perto da janela com a tesoura na mão- Jeniffer ? -escutei a porta sendo aberta com um chute- meu deus do céu, o que foi isso -ele dizia olhando a poça de sangue no chão-
_ te pedi pra ficar longe -disse pondo a tesoura no pescoço, mas não apertando-
_ isso é algum tipo de brincadeira ? -parecia assustado-
_ tô fazendo isso pro seu bem, se afasta de mim, por favor
_ não posso, eu ... eu amo você Jeniffer -disse respirando fundo-
_ mentira sua, você não ama seria capaz de amar alguém como eu. Ninguém me ama -chorava-
_ larga isso, vem aqui -pedia cautelosamente-
_ não Luan, vai embora e eu solto -falei-
_ Jeniffer -fechou os olhos- por favor -
Não, aquela voz fazendo eco em meus ouvidos acabei não resistindo e largando. -
Fechei os olhos e senti seus braços fortes me envolvendo, e levando-me até a cama. Ele deitou-me em meu colo sem se importar se ele se sujaria ou não, acariciava meus cabelos e dizia que iria ficar tudo bem. Só qu eu sabia que aquilo não era verdade. Se ele descobrisse quem era a verdadeira Jeniffer me odiaria pro resto da vida.
Luan
A Jeniffer estava muito estranha, e quando foi embora eu fiquei sem entender, pois suas últimas palavras me deixaram confuso. Entrei e minha mãe perguntou por ela, mas eu não soube responder. E então a Bruna pediu que eu fosse atrás dela.
Quando cheguei até lá vi Maria toda assustada, nem se mexia, escutei gritos vindo de cima. Corri e tentei abrir a porta mas estava trancada. Tive que arrombar, e encontrei-a perto da janela com uma tesoura de ponta apontada por pescoço, e uma poça de sangue próxima a cama.
Com jeito pedi que ela soltasse, e quando isso aconteceu me aproximei e peguei-a em meu colo levando-a pra cama.
_ por que fez isso ? -perguntei acariciando seus cabelos- não estou entendendo nada
_ eu não posso dizer -sequei as lágrimas que insistiam em cair- me abraça ? -assim fim e deixei ela chorar, sem falarmos nada-
_ sinto que tenho que cuidar de você -falei beijando sua testa-
_ só porque me ama ? Saiba que eu... eu ... -olhou em meus olhos- também amo você -nos beijamos com carinho, com amor, diferente das outras vezes-
Ao encerrarmos o beijo, e então eu a levei para o banheiro e ajudei-a a tirar a roupa. E então lhe dei banho, cuidando de cada um de seus cortes, lavando seus cabelos e então ela me puxou para debaixo do chuveiro, molhando por inteiro e beijando minha boca de uma maneira doce e excitante. Foi tirando minha roupa e quando estava nu também nos amamos, não fizemos sexo; Havia sentimento, uma intensidade e tinha gosto de despedida. Não sei porque, mas aquele momento foi perfeito. Houve a junção de duas almas, dois destinos.
Sim, eu a amava.
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Sem mais. O que acharam do cap ?
Bom sei que pedir desculpas ficou repetitivo, mas enfim, me desculpo pela ultima vez. Avisei o porque de ter sumido, não ter postado tanto aqui quanto nos outros. Volto sem demoras, porque o próximo capitulo está imperdível.
O cerco está se fechando, a Jeni vai ser desmascarada em breve. Beijos