Capítulo 67

Narrado por Jennifer
  Eu estava desesperada e sem muito o que pensar, queria logo meu filho, meu bebê que nunca havia passado um dia sequer longe de mim, do pai e da irmã. Eu estava com ódio daquela safada interesseira, mas ela iria ter o que merecia. Um tiro bem no meio da testa e um no peito. Queria ver aquela vaca agonizando enquanto tinha seus últimos instantes de vida.
  Saí do condomínio e estacionei perto de uma praça qualquer, apoiei a cabeça no volante e fiquei com pensando o que fazer e no que fazer. Eu precisava me informar, precisava descobrir... Pensa Jennifer, nunca foi problema pra você descobrir qualquer coisa que fosse.
Eu então fui até a minha antiga casa, não voltava lá desde que viajei pro exterior. E era incrível como tudo continuava exatamente da maneira que eu deixei. Entrei e corri pro meu quarto, abri um armário velho que tinha guardado dentro de uma maleta meu antigo notebook e nele sim tinham programas e mais programas de espionagem, claro que ilegal, mas tinha!
  Por causa da poeira comecei a espirrar e os olhos lacrimejarem, renite do caramba! Abri a grande janela e me concentrei no que teria que fazer. Comecei então a pesquisar sobre ela. Era uma modelo, já havia participado de um reality show e agora trabalhava com imagem, tipo Panicat... Tinha somente os pais e um irmão, eles moravam em um condomínio qualquer e que não seria difícil entrar. Joguei seus dados em um outro programa e descobri o numero de telefone e agora era só rastrear... Tentei ligar e nada, resolvi voltar pra casa. Luan deveria estar preocupado.. Não só ele quanto os meus sogros.

_ aonde foi que você se meteu ? São quase onze da manhã, o investigador ligou e ...
_ e o que ? Encontraram alguma coisa ? -ele negou-
_ mas você ainda não me respondeu
_ Luan, não fiz nenhuma loucura se é isso que você pensa. Só fui em busca de informações, saber quem era sua ex-namorada e o tipo de pessoa que está com o meu filho
_ e precisou de levar uma arma?
_ eu não brinquei quando disse que mataria ela -falei e subi correndo sem nem mesmo falar com ninguém e ele veio atrás de mim-
_ eu sei que está aflita e quer respostas e a solução disso, aliás, todos nós queremos. Mas não vai adiantar você ir atrás, pode ser pior. Meu, me escuta! Eu não quero perder você
_ você tem que confiar em mim!
_ eu não posso deixar você cometer uma loucura dessas!
_ quer que eu fique de braços cruzados?
_ sim, é isso que eu quero. A policia está atrás dela
_ é só isso que você me diz, pra esperar, pra ter calma, pra ficar tranquila que tudo vai dar certo e mais um monte de coisas. Eu tô cheia disso, tô cheia de não poder fazer nada, tô cheia! Eu só quero meu filho de volta antes que eu enlouqueça -queria socar alguma coisa, mas ele segurou meus braços e me encarou e eu já estava chorando outra vez. Nisso meu sogro entrou no quarto e ficava me olhando com medo-
_ cadê a arma?
_ não vou entregar minha arma, tudo menos isso
_ você precisava confiar em mim
_ vocês me tratam como se eu fosse uma louca, quando a verdadeira louca está com o meu filho nos braços sobre a mira de um revólver
_ Luan,  encontraram a Paula!
_ onde? -perguntamos todos juntos e descemos correndo-
_ você aqui? -olhamos assustados ao ver Gutão em pé na sala e ocioso- o que você tem haver com essa história Guto?
_ ela me procurou querendo dar o troco, dizendo que queria ver o Luan sofrer. Eu disse pra ela esquecer isso, que não daria certo e ela ficou quieta por uns tempos e agora apareceu e fez isso
_ qual o seu problema? Porque só agora você aparece? -gritei- tem noção do perigo?
_ ela me disse até para onde iria e... -tirou um papel do bolso e ante mesmo que ele lesse eu peguei e saí correndo pro carro-
_ Jennifer, não vai sozinha...

  Tarde demais eu já tinha ligado o carro e   mesmo sem ter colocado o endereço do GPS saí em disparada e ajustei-o já com o pé na estrada.
  Não me importei com um carro que estava logo atrás de mim, olhei pelo retrovisor e sim, era o Luan. Continuei dirigindo e depois de duas horas e meia cheguei à uma casa. Um carro sem placa estacionado, portão encostado e então eu estacionei de qualquer jeito e entrei sem fazer barulho.

_ isso bebê, agora é hora de dormir que a tia vai tomar um banho -ela estava na sala terminando de dar mamadeira pro meu filho- tão bonzinho, bem bonitinho. Quase nem chora

  Olhei tudo e vi a arma em cima da mesa, quando eu estava caminhando pra entrar alguém me puxou tapando minha boca e me arrastando pra fora.

_ você fica aqui fora e deixa que a gente entra
_ ah os super heróis? Desarmados ?
_ a gente não, mas a policia sim -apontou pra trás e vi os homens de preto invadirem e uma tensão maior foi tomando conta de mim, estava muito nervosa mesmo, de verdade- vai ficar tudo bem!
_ eu ainda quero bater nela
_ amor, chega de confusão né. Já achamos o Breno e vamos voltar pra casa

  Comecei a rezar muito, pedir pra Deus que naquela hora mais do que nunca tudo desse certo. Escutamos dois tiros e gelei, porem para o meu alivio e surpresa uma policial saiu com Breno nos braços e ele estava bem... Quanto ao tiro, foi disparado pela arma da Paula e acertou a parede e pegou de raspão um dos policias que conseguiram algemá-la.
  Abracei tanto meu pequeno, beijei tanto e chorei, mas agora de felicidade. Me senti relaxada, porem para me sentir melhor eu tinha que fazer uma coisa. Deixei Breno com o pai e caminhei até a viatura e dei um tapa bem dado na cara daquela mulher e deixei claro que se ela sonhasse em chegar perto dos meus filhos mais uma vez eu mataria ela literalmente.

_ barraqueira mesmo você hein, tá louco
_ eu só quero ir pra casa e esquecer essa quase uma semana de tensão e nervosismo, minha cabeça está explodindo

  Luan dirigiu de volta pra casa e quando chegamos o sorriso no rosto de cada um era algo gostoso de se ver. Porém, ainsa tivemos que nos apresentar na delegacia fazer o B.O. e contar tudo mais uma vez em mínimos detalhes. Foram feitos exames no meu filho, também tive que prestar contas sobre o meu revolver e no fim das contas voltamos mesmo pra casa já era noite e tudo o que eu queria era um banho e cair na cama: onde dormi com os meus filhos e meu noivo bem abraçadinhos.

Narrado por Luan
  O susto que eu passei não quero passar nunca mais nessa vida. E não desejo nem mesmo ao meu pior inimigo. Ver minha mulher naquela situação, pareceu um animal feroz encurralado que ataca pra se defender. Foi isso que eu vi. Em meio suas atitudes impensadas e impulsivas, mas agora olhando ela dormir relaxada sei que isso foi reflexo do que acontecia.
  Foram dias difíceis... Confesso! Mas que passamos por eles e agora estamos mais unidos do que nunca. Sem nada nem ninguém pra atrapalhar.

  Nos dias que sucederam, fiz de tudo para que a noticia não fosse levada à mídia e conseguimos isso e então seguíamos bem e tranquilos. Fiz até uma promessa que nas minhas folgas de fim de semana iria sempre a missa ao invés de ir pra balada e tava seguindo direitinho.

_ olha mês que vem já é aniversário da Ju
_ eu sei, e ela quer festa do Frozen
_ e o que você acha?
_ ah Luan, é a vontade dela né. Se bem que eu achava bem melhor uma viagem
_ uma viagem?
_ pra Disney, naquele imenso castelo. Ver todas as princesas e cantar parabéns só a família. Ela curtiria bem mais e poupariamos seu dinheiro
_ sabe que dinheiro não é problema
_ estou apenas dando minha opinião meu caro, só isso -falou me dando um beijo e indo tomar banho- não quer vir não? Ai a gente já economiza água, o que acha?
_ acho melhor eu ficar aqui, tô com sono e com frio
_ Luan, você vai dormir sem tomar banho amor ?
_ ainda tô cheiroso
_ eu não acho, você vai tomar banho sim ou vai ficar deitado sozinho. Porque com essa catinga você não encosta em mim não

  Falou deixando a porta aberta e indo pro box. Abriu o chuveiro e foi jogando as peças uma a uma para fora do banheiro e eu não resisto indo tomar banho com ela e matando a saudade de se amar embaixo do chuveiro.

.. .. .. .. .. ..

  Gente essa capítulo foi 100% imaginação. Eu sinto que faltou algo, ficou meio vago, e eu não gosto disso. Porém, dei o melhor que pude e espero de verdade que tenham gostado. Beijão, até mais!